quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

O amargo gosto da ruina


Gosto amargo na boca
Fel borbulhando na garganta
Como, bebo e de nada adianta
O gosto segue amargo em minha boca

Olhares de desaprovação
Injurias, ditas sem palavras
Rejeição, desgosto, isolamento
Catalisadores de minha insanidade

E o maldito gosto
Efeito colateral das paredes que ruem
Do céu silencioso de um mundo em decadência
O mundo dentro de min apodrece aos poucos

Pergunto-me oque vira depois
O mundo será reconstruído?
Ou será engolido pelo vazio?
Só queria me livrar do maldito gosto.



sexta-feira, 7 de junho de 2013

Filho






Ontem (ou anteontem, sou meio perdido no tempo) me peguei pensando em min mesmo conversando com eu filho, contando como conheci a mãe dele e como passamos muita coisa juntos e ai me lembrei de que não só não tenho filho como também não terei. Para ter um filho e uma esposa você primeiro precisa conhecer alguém e eu não vou.

É engraçado, não, engraçado não, é patético o fato de meu maior sonho ser ter uma família. Diga-me, o quão patético é sonhar com algo que a maioria das pessoas tem e saber que não vai ter isso? É mesmo patético, assim como um homem da minha idade ficar com os olhos cheios de lagrimas por pensar nisso.

Eu muitas vezes reclamos das pessoas e digo como elas são ignorantes, vazias e estupidas, mas na verdade as invejo. Invejo como elas são normais, como tem amigos e, sobre tudo como não estão sozinhas. Invejo sua ignorância e sua capacidade de não ver as cosias como elas são, sua “inocência” por assim dizer.

É duro envelhecer e ver que a vida passou em branco, ver que não conquistei um coração, que não sai com amigos ou andei de mãos dadas com uma namorada. Ver os dias passando rápido e notar que tudo esta acabando e eu aqui sozinho. É duro desejar oque muitos tem e não valorizam, oque algumas pessoas evitam e no fim é algo tão simples que ninguém vê o quão especial e importante é.  

Pois é, estou envelhecendo e da pior maneira possível... Sozinho.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Recortes de memorias







Sentado na porta fumando um cigarro e ouvindo RHCP comecei a pensar em como as pessoas que passam por nossas vidas sempre deixam algo, pelo menos é assim na minha vida.

Quantas pessoa já conheci e ainda me lembro, quando passaram rápida e as vezes tumultuosamente pelo meu caminho, me lembro de todas pois cada uma delas deixou algo comigo. Muitas não levaram nada de min, se me virem na rua sem me reconhecerão, mas eu que vou me lembrar, seja de coisas boas ou más eu vou me lembrar.

Eu me sinto um colecionador de recortes, minha mente é como uma parede forrada com eles, jornais, revistas, livros tudo depende do que deixaram comigo. Posso me lembrar deles com ternura, com alegria, dor, tristeza ódio, mas eu me lembro. Algumas deixaram coisas importantes como um amor ou uma amizade, outros coisas ruins, uma ofensa, uma traição e outras levaram algo de min, seja uma lembrança boa que levam consigo ou um pedaço de min que foi arrancado.

Costumo me lembrar de aleatoriamente de pessoas e coisas, mas não como todo mundo, no meu caso as lembranças são mais vivas porque não são apenas de coisas que acontecerem mais do que eu senti no momento. Às vezes estou sentado tranquilo na varanda a noite fumando um cigarro quando me vem alguma dessas emoções, as vezes rios sozinho ou abaixo a cabeça com pesar noutras olho para o céu com um sorriso de quem sente saudades ou com a cara fechada por me lembrar de algo tão ruim.

Acho que no fim todos somos feitos de lembranças, para alguns elas são vividas e importantes, para outros são só borrões que são esquecidos em um segundo, mas todo somos assim, paredes com recortes, se bem que algumas pessoas estão mais para cadernos com palavras avulsas.

Pergunto-me quantas pessoas são atormentadas pelas lembranças, quantos perdem noite e noites lembrando-se de coisas ruins ou dos bons tempos que não voltam. Quantas mentes não estão nesse momento perdidas, corpos meio dormentes enquanto a mente se perde um turbilhão de memorias que os levam a um estado de torpor.
Memoria podem ser anjos ou demônios.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Pessoas passam



Já devo ter dito isso antes, mas gosto de observar as pessoas passando na rua indo de um lado para outro vivendo suas vidas, é interessante pensar como tosas se parecem como todas compartilham os mesmo olhares, felicidade, tristeza, stress e aquele olhar vazio e pensativo, quase inexpressivo. Aonde vão e de onde vem não é tão importante como oque esta pensando. Oque estarão pensando? Contas, família, amigos, parceiros, trabalho, comida ou então um misto de tudo isso.
Elas passam, mulheres, homens, jovens, velhos, crianças e todas tendo algo em comum, todas passam. Todos passamos pelas ruas assim como passamos pela vida, uns com pressa outros despreocupados, alguns levam algo e outro tem as mãos vazias, mas todos passamos. A pergunta que minha mente sussurra em meus ouvidos é sempre a mesma. Passaremos pela vida assim como pelas ruas, sem deixar nada?
Sei que encuco demais com isso de deixar uma marca, mas existe mesmo um sentido em passar pela vida e ser só mais um? Alguns vão dizer que deixamos todos algo nos corações de nossas famílias e amigos que seremos lembrados por eles, mas isso nem sempre é verdade. Quantos de nós temos mesmo alguém que chorará por nós do fundo do coração? Quantos têm amigos de verdade? Quantos são realmente amados pela família?
Há perguntas como as que fiz, que nos assombram, recusamos essas duvidas em nome de uma vida  boa e cheia de amor, mas esse amor é real? O mundo está cheio de sorrisos falsos e abraços de interesse, braços que nos envolvem no intento de alcançar algo que temos e não me refiro ao coração. Tantas frases vazias e gestos dissimulados, tantas coisas em que acreditamos e no fim não passavam de mentiras.
Eu perdi muitos amigos por pensar assim, me desfiz de muita falsidade, me afastei das doces mentiras que me foram oferecidas. Tenho poucos amigos, mas eles são bons, amo poucos, mas amo de verdade. Não vejo vantagem em ter muitos amigos se não posso confiar em nenhum, viver cercado de pessoas que não querem quem eu sou, mas sim oque eu posso lhes dar.
Esse é meu pensamento, mas não significa que seja uma verdade absoluta no mundo, mas apenas a verdade absoluta em minha vida. Se você gosta de ser cheio de amigos, se gosta de estar rodeado por pessoas eu não o julgo, discordo, mas não me intrometo afinal a vida é sua. Mas digo uma coisa eu vivo assim e vivo bem, pode me chamar de antissocial ou dizer que eu me considero melhor que os outros por ser tão seletivo em minhas amizades, mas antes disso me diga como você é e como você é uma pessoa melhor que eu por ter muitos “amigos”.


segunda-feira, 8 de abril de 2013

Como pode um coração conter algo assim



Sentado vendo a chuva me lembrei de você
Cada gota que caia pronunciava seu nome
O brilho que reluz na água que corre é como seus olhos

Mas a chuva é fria ao contrario de seu abraço
Seus braços quentes e acolhedores como os de um anjo
O perfuma doce e o toque suave como a seda

Tenho medo que meu peito se rasgue
Pois oque tenho dentro dele é mais forte que qualquer coisa
Como pode o coração de um homem conter um amor tão grande?

Que os céus me castiguem por essas palavras
Pois digo que meu amor é maior que qualquer outro
Nem mesmo deus poderia amar tano alguém como eu te amo


quarta-feira, 3 de abril de 2013

Marcas na eternidade




Eternidade, muitos sonham com isso outros fogem. Oque é a eternidade para você?

Muitas pessoas encontram uma forma de se tornarem eternos, deixam algo para serem lembrados, pinturas, poemas, contos, musicas e algumas vezes atos. Pessoas como Hitler e Churchill serão lembradas por muito tempo ainda, heróis e vilões sempre deixam uma marca profunda na historia. No fim são apenas homens como eu e você, eles sorriram, choraram, sangraram fizeram coisas boas e más, no fim serão lembrados não por serem homens mas por fazerem algo grande.

Filhos de heróis passam com orgulho a historia de seus pais enquanto filhos de vilões escondem com vergonha seu passado. Você pode fazer o bem sua vida toda, mas ser lembrado por algo mal que foi feito a vista de todos ou pode ser a pior pessoa do mundo e ainda assim ser lembrado por ter salvo uma vida mesmo que por interesse. Não somos lembrados pelo que queremos, mas sim pelo que as pessoas querem.

Eu sonho às vezes em ser lembrado, queria que meu legado fosse meu filho ou filhos e oque os ensinei, meus netos e as historias que contei para eles nas tardes chuvosas, meu código de honra passado através das gerações, mas não tenho filhos e não sei se um dia terei. O homem que sonhava com uma família tornou-se um solitário, escrevendo sozinho em minha poltrona eu penso no futuro.

Serei um dia lembrado? Meus textos serão lidos pelas próximas gerações? Ou serei esquecido como tantos que passam por essa vida sem deixar sua marca? Não consigo imaginar a resposta, pois não posso prever o futuro afinal sou só um homem que sorri, chora, e sangra como todos os outros. Quem sabe um dia, no futuro encontrarei alguém que me ajude a deixar meu legado ou algum jovem navegando pela internet daqui a uma ou duas décadas encontre meus escritos e passe adiante. No fim, nunca saberei se serei lembrado pois isso só acontece após a morte.


domingo, 31 de março de 2013

chuva mensageira



Sentado em minha cadeira admiro a chuva caindo

Sinto a brisa fria enquanto penso em você

Seus olhos, seu sorriso a alegria que você me traz

Estamos tão distantes e isso dói



Queria te ver, ouvir sua voz e abraça-la forte

Beijar eu rosto o e dizer o quanto seu sorriso é lindo

O quanto seus olhos brilham e como eles iluminam minha vida

Queria dizer o quanto eu te amo



Mas a distancia me impede, e o destino maldito carcereiro

Prende-me a este lugar, me sinto acorrentado

Preso, não posso tomar o caminho que conduz a minha felicidade

Mas, enquanto eu não puder ir, mando um mensageiro



Peço a chuva que vá em  meu lugar

Peço que ao tocar seu rosto leve meus beijos

Ao cobrir seu corpo leve meus abraços

E que o som de cada gota ao cair seja um eu te amo




sábado, 30 de março de 2013

O filho que precisam






Fumando um cigarro do lado de fora d minha casa as 2:41 da madrugada comecei a pensar sobre a vida, sobre como eu sou como filho e como meus pais gostariam que eu fosse. Pensando sobre isso me lembrei das palavras do comissário Gordon no fim de Batman The Dark Knight "Ele é o herói que Gothan merece, mas não o que ela precisa agora.” E pensei, não sou o filho que meus pais querem, mas o que eles precisam. Eu não sou o filho estudioso, sem defeitos e formado que eles querem, mas sou o filho que está sempre aqui, o que apoia, o que segura as pontas e fica firme. Lembrei-me da morte de minha avó, como segurei tudo, não chorei não demonstrei sofrimento, pareci abalado, mas ao invés disso fiquei firme, segurei as pontas por todos, fiquei frio e abrasei minha família dei suporte, não o tempo todo, mas quando foi necessário.

Lembrei-me de todas as vezes que disse para meu pai não gastar dinheiro atoa e investir em algo, de todas as vezes que pensei na velhice dos dois, de quando me ofereci para tentar conseguir uma casinha para minha mãe, de quando impedi meu irmão de fazer besteira, das vezes que resolvi meus problemas por conta própria e das magoas que segurei sozinho. Quem me vê acha que sou insensível, que não sou um bom filho e na verdade eu sou a ovelha negra da família. Sou visto como um erro de percurso, um bastardo amaldiçoado, um problema e até como algo que não devia ter sido gerado.

Sou a ovelha negra aos olhos de todos, sempre me olham como se eu fosse fazer algo mal, algo errado e qualquer reação errada de minha parte é vista como algo abominável. Mas eu estou aqui por eles, estou pronto a protegê-los a defender a honra de minha família e me sacrificar por eles se necessário. Sei que nunca serei visto como um bom filho, neto, irmão e também sei que sempre irão repudiar minhas falhas e ignorar minha vitorias, mas, eu estou aqui por eles.

Ao fim de meu segundo cigarro eu e de meu pensamento eu vi que não sou mais do que uma sombra do que eles querem não me importo mais com isso, pois ao revisar meu passado, meus erros e acertos eu vi que sempre estive aqui, firme, frio e pronto a agir. Pergunto-me se no leito de morte quando suas vidas passarem diante de seus olhos meus pais verão isso, provavelmente não. Mas eu sigo aqui, e por mais que seus olhares de desaprovação e desgosto doam eu vou seguir estando pronto a ajuda-los, protegê-los e se necessário, dar minha vida por eles. Não sou o filho que meus pais sonharam, não sou o que eles querem, mas sou oque eles precisam.





terça-feira, 26 de março de 2013

Devagar se vai ao longe, isso se divagar não nos impedir



Hoje me pequei pensando em algo que sempre me acompanhou que está tão enraizado em min que não é mais possível mudar. Desde pequeno em sempre pensei demais, sempre falei sozinho, passava tarde inteiras discutindo sozinhos sobre as cosias que eu via. Não sei se é porque eu nunca tive muitos amigos ou porque sempre fui estranho, só sei que sempre divaguei sobre tudo o tempo todo. Lembro-me de passar tardes e às vezes dias imerso em meus pensamentos, e a idade não mudou em nada esse abito já que hoje em dia passo os dias todos assim pensando sobre tudo.

Hoje sentado em frente ao computador pensando no que escrever eu comecei a pensar se existem muitos como eu por ai. Será que há muitas pessoas assim por ai? Pessoas que pensam demais ou que só pensam e mais nada? Quem sabe, mas se houver alguém assim lendo saiba que você não esta só. Sabe pensar muito é uma espada de dois gumes, uma benção e uma maldição. Você pensa muito e isso lhe ajuda a formar uma opinião forte sobre as coisas mas ao pensar demais você não faz o suficiente.

Você vê uma pessoa e pensa em chegar nela pra conversar, penso no que vai dizer em quais serão as respostas em como a conversa vai fluir e quando se da conta ela foi embora ou esta falando com alguém e você desiste por não querer atrapalhar. Você vê algo acontecendo e pensa em agir, e lá vai você pensando no que fazer e no que vai acontecer e em tudo o mais e a oportunidade passa.

Chamo pessoas como eu de “filósofos do abismo”, pois estamos condenados a ficar lá no fundo, querendo escalar o paredão, mas somos impedidos pelo peso de nossos pensamentos. É como tentar nadar pra fora de uma ilha deserta tentando levar consigo os destroços de seu avião só para o case de poder reconstruí-lo e voar de novo. Sei que para a maioria isso não faz sentido algum, mas para os como eu isso faz, para todos que não vivem, pois pensam demais.

Ficamos nos enganando com frases como “um dia eu acordo motivado e faço tudo que penso em fazer”, mas a motivação nunca vem e acabamos por não fazer nada. Descobri uma coisa a um tempo que pode quebrar essa digamos “maldição” e  pode fazer as coisas. Você só tem que se obrigar, não espere a vontade chegar, ela só vai vir depois que você ver que é capaz de fazer e para isso você tem que se obrigar a fazer. Tente começar com algo simples, fale com a garota do caixa que você sempre pensa em puxar assunto quanto vai comprar cigarros ou comece a aprender violão ou a malhar como você sempre pensou em fazer.

Vá obrigue-se a fazer, vá e faça e não se preocupe com dar certo ou não porque o importante é se acostumar a fazer as coisas e não só pensar nelas. Continue pensando, mas pense enquanto faz, isso é mais divertido e os resultados são melhores. Comece hoje mesmo, nada de deixar para amanhã, o amanhã demora demais e você não esta fazendo nada mesmo.


segunda-feira, 25 de março de 2013

Essa geração me preocupa



A maioria das pessoas tem uma visão muito superficial do mundo ao seu redor e isso é bem obvio, pense em como as opiniões são rasas como os comentários são vazios. Para a maioria é mais fácil ofender que argumentar, afinal elas não tem argumento algum, na verdade a maioria nem sabe oque é um argumento. Eu noto que a cada ano as pessoas pensam menos, veem menos, passam seus dias se alimentando do que a mídia vazia e repetitiva lhes fornece e sabemos como a mídia hoje em dia só produz lixo.
Lembro-me de quando era pequeno, sem internet eu passava os dias lendo, aprendi desde cedo que ter minha opinião era algo importante. Eu via meus colegas de escola discutindo sobre a novela ou as fofocas da sala e pensava - que importância isso tem?- não entendia oque o fulano ficar com a cicrana ou o vilão da novela das 8 atirar em alguém tinha de interessante(ainda não entendo).
Eu costumava ser o líder entre meus amigos não apenas por ser o maior mas porque eu sempre aparecia com as ideias para nossas aventuras, explorar a velha fabrica de laminados, se aventurar no mato que ficava perto de casa. Eu lia historias incríveis sobre aventuras, viagens a lugares exóticos e tentava viver isso com meus amigos.
Bons tempos aqueles, do meu pequeno grupo de 4 amigos, eu sou o único que não acabou como mais um zumbi que só sabe falar de “encher a cara e come meio mundo”. Não me entenda mal, eu gosto de beber e fazer sexo como todo mundo, mas não coloco isso em um pedestal como se fosse o sentido da vida.
Ler um livro, assistir um filme com alguém que amo, escrever meus pensamentos, apreciar o céu de um dia chuvoso, coisas assim tem mais valor que vomitar de madrugada e tentar transar com uma mulher semiconsciente. Não entendo como as pessoas consegue ser tão vazias ao ponto de vangloriar-se de ter desmaiado na calçada depois de uma noite de farra.
A juventude de hoje me assusta, tenho medo do que ela fara quando for sua vez de comandar esse mundo, tenho medo da próxima geração que será criada por essa massa de escravos que pensam e gostam do que lhes é apresentada como bom por pessoas que as veem como números e porcentagens. Vejo tantos jovens que estudam por obrigação e se formam para ter um trabalho que cubra as despesas da balada e o carro novo para impressionar os outros.
Às vezes ainda vejo um ou outro que se salva, vejo pessoas que ainda pensam por conta própria, mas são cada vez mais raras, cada dia menos pessoas se preocupam com oque esta acontecendo a sua volta. Eu vislumbro o futuro e tenho medo, não quero viver no mundo que vejo se aproximar a passos largos. Espero que minhas previsões estejam erradas e que a sociedade desperte para oque esta acontecendo, mas enquanto ela não despertar eu sigo com medo do que esta por vir.


domingo, 24 de março de 2013

Penso em você e escrevo



Sentado em minha poltrona escrevo
Pensando em você escrevo
Hoje não poderei te ver
E por isso escrevo

Escrevo sobre seus belos olhos
Seu sorriso brilhante e seu jeito doce
Escrevo, pois sinto sua falta
Não a tenho aqui comigo  e por isso escrevo

Penso em você e escrevo
Sinto sua falta e escrevo
Quero-te ao meu lado e escrevo
Amo-te e escrevo

Só me resta escrever
Para não pensar na falta que você me faz
Só me resta escrever
Para não me afogar na solidão

As horas passam
O tempo se esvai
Sentado em minha poltrona
Escrevo e nada mais.




sábado, 23 de março de 2013

Todos são assombrados por fantasmas e demônios



Todas as pessoas tem aquela coisa que as persegue, um sentimento disparado por algo que veem, ouvem ou leem. Você esta andando na rua e vê uma cena algo simples, mas que dispara algo em seu cérebro e te faz lembrar-se de algo que te assombra. Você ouve uma musica e imediatamente uma lembrança te puxa pelo tornozelo, te arras para um poço escuro que isola sua mente do mundo ao seu redor e você só consegue pensar naquilo. O vislumbre de uma frase familiar nos transporta para um mundo distante, um universo regido por sentimentos obscuros, frios e muitas vezes dolorosos.
Seu fantasma pode ser um amor perdido, uma falha, uma derrota, algo que você odeia em si mesmo, ou trauma e mais uma infinidade de coisas. Mas o importante é ele te assombra, assombrou e provavelmente vai te assombrar por anos. Esse demônio pessoal que nos atormenta se manifesta de diversas formas, pode ser uma sensação de vazio, um frio percorrendo a espinha, uma sensação desagradável, uma sequencia de flashes de memoria, uma vozinha dentro de sua cabeça.
Eu tenho meus fantasmas, meus demônios, todos têm, mas os meus são um pouco diferentes da maioria. Não pense que com isso digo que são únicos e incomparáveis, não são algo especial e místico são apenas mais barulhentos e inconvenientes. São incômodos e inconvenientes aparecendo nas piores horas possível e sempre destruindo algo bom. Eles sussurram em meus ouvidos coisas desagradáveis, verdades mais amargas do que deveriam ser e pousam sobre meus ombros mãos pesadas que aos poucos envolvem minha garganta.
Todo tem isso e todos que vierem depois terão isso afinal é algo da natureza humana. Há algo em nosso DNA que nos impele a sentir medo, desespero, dor e tantas outras coisas. Nossa essência é atormentada e nossas mentes criam legiões de demônios. Nós criamos nosso inferno e vivemos nele, caminhamos por suas colinas todos os dias de olhos fechados, temos medo de enfrentar nossos tormentos, caminhamos abrindo os olhos aqui e ali, mas logo os fechamos por medo do que podemos ver.
Apesar de algumas pessoas serem atormentadas por seus demônios pela via toda, eles não são imortais. Fantasmas podem ser expulsos e demônios exorcizados. Não digo de uma maneira religiosa, se bem que religião pode ajudar em alguns casos. O método é simples, os passos são poucos e fáceis de seguir. Você deve simplesmente conhece-los, enfrenta-los e pronto.
Conhecer nossos demônios não é tão simples como parece, conhecer significa aprofundar-se e isso é algo complicado. Da próxima vez que um de seus demônios resolverem atormenta-lo ou seus fantasmas assombra-lo pare e pense, pergunte a si mesmo qual foi o gatilho, oque desencadeou o sentimento, pensamento, lembrança ou aquela maldita vozinha na sua cabeça.
Uma vez descoberta a fonte, você deve fazer algo que é fácil, mas desagradável. Enfrente isso, encare oque quer que seja não de as importa o quão desagradável seja a experiência. Você já revirou sua cabeça e encontrou o problema agora enfrente-o, pense em como você pode fazer para resolve-lo . Não importa se a solução for enfrentar algum trauma do passado, medo ou falha que você tenha. Vá e enfrente seu problema.



sexta-feira, 22 de março de 2013

Pseudônimo



Nunca gostei do meu nome, não que ele seja feio (é um nome britânico comum), mas eu enjoei dele. Lembro-me de quando criei meu pseudônimo, devido a uma serie de acontecimentos ele surgiu assim do nada e desde então se tornou meu nome, não um apelido, mas realmente meu nome. Todos me chamam por ele ou quase todos. As pessoas mais chegadas como minha irmãzinha e alguns amigos mais próximas ainda me chamam pelo meu nome.
O problema de se tornar seu pseudônimo é que não se pode mais usa-lo para escrever de forma anônima. Ainda lembro-me de como sofri quando criei esse blog, precisava escrever, mas não queria que as pessoas soubessem que eu sou eu. Queria evitar que julgassem o texto pelo autor ao invés de julgar o autor pelo texto.
Debati-me por dias até aparecer com outro pseudônimo, pensei em vários mas nenhum me agradava, nenhum se encaixava em minha personalidade. Depois de muito pensar lembre me deparei com esse. Eu pensei “já que sou o filho mau, esse vai cair como uma luva” e caiu.
Agora alguém deve estar pensando “ele deve ser um covarde, fica se escondendo atrás de nomes falsos” ou “porque não mostra a cara, esta com medo de que?”. Bom, não tenho medo de represálias ou de ofensa, tenho medo de que ao saber quem sou ao ver minha foto às pessoas julguem meus textos de forma errada.
Se alguém não tem rosto às pessoas leem seus textos para saber como ele é, mas, se vem uma foto, já criam um conceito de como a pessoa é e então julgam sues testos baseando-se nesse conceito. Prefiro me manter incógnito para evitar isso, quero que me julguem pelo que escrevo e não o contrario. 





quinta-feira, 21 de março de 2013

Uma vontade, um abraço



Ira, palavra simples de significado igualmente simples, mas capaz de complicar tudo na vide de uma pessoa.
Eu costumava sentir isso, ira, muita ira, eu odiava o mundo e todos que vivem nele, queria que todos morressem e que sofressem. Eu queria ficar sozinho em um mundo vazio, achava que as pessoas eram o problema, que se não podia matar a todos pelo menos podia me destruir e com esse pensamento iniciei minha jornada de autodestruição.
Eu me machuquei e também ás pessoas ao meu redor, feri sentimentos, criei magoas, destruí quase tudo que eu amava. Enquanto destruía tudo eu vi que isso só piorava, só aumentava o vazio e a dor. Notei que isso não estava funcionando, que a violência, e as outras vias de escape não adiantavam. A cada dia eu me odiava mais e mais, como se quem eu era não fosse mais humano.
Ai veio à perda. Perdi alguém que eu amava a única pessoa que amava de verdade. Com isso eu aumentei meu ódio, minha ira cresceu a um ponto que não era mais controlável. Ira misturada a tristeza gerou uma fúria incrível. Algo tão grande, tão poderoso que decidi acabar com tudo. Eu sabia como essa fúria era perigosa, como ela poderia afetar todos a minha volta. Então resolvi jogar fora todas as minhas desculpas e encarar, admitir qual era meu problema, mas, eu era sozinho sem apoio ou forças pra continuar.
A vida dói quando se está sozinho. E eu não era forte, ou melhor, não me achava forte o bastante pra superar isso. Eu resolvi que era hora de acabar mesmo com tudo, escolhi a data (meu aniversario), preparei tudo e esperei. Esperei com a ideia fixa na cabeça, esperei certo de que iria mesmo acabar com tudo, afinal, não tinha motivos pra continuar vivo.
Mas um dia, eu vi uma garota em um comentário de uma postagem no facebook. Essa garota era uma amiga de uma amiga e resolvi pedir amizade. Ainda não entendo o porquê de eu fazer isso já que não sou de fazer novos amigos. Em um domingo no fim da manhã eu a vi online, e desafiando toda minha misantropia eu cliquei em sua foto e disse- Oi moça- logo após enviar isso eu já estava me perguntando o porquê, afinal sempre fui antissocial, tímido e recluso. Eu me lembro de ter fechado a janela do chat pensando na sorte que eu tinha de não ter sido respondido. Então veio a resposta, um oi.
As palavras que se seguiram foras as normais de toda conversa, os “tudo bem?” e “que tipo de musica você curte?” que todas as conversar com estranho obrigatoriamente tem. Conversando com ela eu já esperava a hora em que ficaria sem assunto e seria ignorado, mas essa hora nunca chegou. Conversamos por horas e horas nesse domingo e na segunda-feira e com o passar dos dias nossas conversas se tornaram um abito.
Eu conversava com ela e sorria, sempre começava a conversa com um oi- moça, tudo bem?- e ela respondia- oi moço, tô bem sim, e você?- e por mais que isso seja algo simples, me fazia bem. Nossos “como você esta?” ou “tudo bem?” eram sinceros, verdadeiros, não como os das outras pessoas que não se importam com a resposta desde que seja curta e vazia. O tempo passava e nos conversávamos, a data que eu havia escolhido se aproximava e isso me deixava triste. Pensar dentro em pouco não poderia mais conversar com ela. Ela me fazia tão bem, me fazia sorrir de verdade eu não queria perder isso.
Então eu a vi pela primeira vez, tímida, ao ligar a câmera manteve o quadro abaixo do nariz de forma que eu só via seu sorriso. Ah o sorriso, nunca avia visto algo tão brilhante, tão lindo, tão magico. Um sorriso capaz de me fazer esquecer tudo, um sorriso que iluminava meu dia e me fazia sorrir por dentro e por fora. A mediada que o tempo foi passando eu fui perdendo a vontade de acabar com tudo, o desejo de ver aquele sorriso era mais forte. Então eu vi seus olhos, foi rápido, um olhar tímido, mas doce e gentil como eu nunca havia visto na vida.
Então eu encontrei um motivo, uma razão pra continuar vivo. Um abraço, essa foi à razão, eu queria abraça-la, estar junto dela e vela sorrir. Meu coração, antes uma pedra gelada m agora batia forte e vivo. Eu a via e pensava, eu a amo, amo mais do que tudo, amo com tudo meu coração.
Agora muitos estão dizendo- ah, mais uma historia de amor a lá Hollywood- bom, estão enganados. O amor que eu sentia era diferente, pode soar estranho, inverossímil ou até idiota (depende de quem lê), mas eu a amava de uma forma diferente. Por mais que quisesse abraça-la o amor que sentia não era físico não era algo que despertasse desejos ou que acabasse em sexo. Era um amor puro, de um jeito que eu em entendia.
O dia de meu aniversario veio e se foi e nesse meio tempo descobri que ela também me ama. Agora, meses depois de tudo isso eu ainda a amo e sou amado, e sigo vivo, mas não só vivo, sigo em frente. Retomei minha vida, sinto vontade de viver, faço planos, tenho sonhos e ainda quero abraça-la. Dentro de alguns meses poderei viajar para vela, vou finalmente abraça-la.
E porque contei essa historia? Simples, é uma historia que vale a pena se contada, e uma prova de que a sempre uma esperança (sei que isso soa muito clichê), eu encontrei um anjo que salvou minha vida e vocês também podem encontrar o seu, mas para isso precisam procura. Se você é antissocial, tímido ou um misantropo enfrente isso, saia (não precisa cair na balada), converse com as pessoas, sei que muitas são chatas e vazias, mas, uma hora você acaba encontrando alguém que valha apena.
Essa é minha historia, esses são meus conselhos. Segui-los é escolha sua e espero que sua escolha seja a certa.


segunda-feira, 18 de março de 2013

Saudades da ultima vez que me apaixonei



Sinto saudades da ultima vez que me apaixonei mesmo
De uma forma louca
Visceral, intensa

Sinto saudades dos velhos dias
Esperar horas pra a ver passar
Aguardar ansioso por cada palavra
Cada olhar

Mas eu sou um velho saudosista
Um romântico em uma terra fria
Como um viajante do tempo
Pertenço mais ao passado

Lançado em meio a mundo que não sabe mais amar
Escrevo perdido em meio a pensamentos
Lembranças vividas de um passado turvo
Reflexos do sol nas águas do rio da vida


sábado, 16 de março de 2013

Estou bem



Estou bem, estar bem, sentir-se bem.
Você esta bem?
Como você esta?
Quantas vezes ouvimos isso?
Quantas vezes a pergunta é sincera?
Quantas pessoas realmente querem saber a verdade?
Estou bem, to de boa, tudo, to bem.
Alguma vez já respondeu isso de maneira sincera?
Alguma vez sua resposta para essas perguntas foi sincera?
Alguma vez já disseste realmente como se sentia?
E você, já perguntou isso para alguém de forma sincera?
Alguma vez você já quis mesmo saber como a outra pessoa estava?
No fim, minguem liga pra verdade.
Algumas pessoas ligam, mas são poucas.


quinta-feira, 14 de março de 2013

Idade e solidão não combinam


Eu vivo pensando, penso de mais, mais do que devia.
Eu sou um cara estranho, isso já da pra ver pelas minhas postagens, meu ponto de vista e as merdas que saem da minha cabeça. Caras estranhos como eu sofrem de certos males que apesar de afligir pessoas normais são piores em pessoas como eu.
O mal que mais me atormenta é a solidão, um dos mais antigos males da humanidade e o segundo pior em minha opinião, só perde pra ignorância.
Sempre fui um cara sozinho, desde os meus 9/10 anos que sou assim no meu canto, poucos amigos às vezes nenhum (varia de temporada pra temporada, amigos vão e vem) e venho nesse rito a cerca de 16 anos. No começo não era um problema, pois gostava da solidão, achava acolhedora, acreditava que era a melhor coisa para minha vida, afinal ficar sozinho significava ficar em paz.
Mas de um tempo pra cá minha velha amiga tem se mostrado uma companheira não muito agradável. Notei que estou envelhecendo, os anos passaram , estão passando, notei uma entrada no meu cabelo que vem crescendo, uma dor nas costas que se faz freqüente e mais uma lista de cosias que indicam que estou ficando velho. Estou envelhecendo mal, e o pior de tudo, envelhecendo sozinho. Envelhecer sozinho assusta, a ideia de acabar um velho solitário não parece mais tão poética como antes, a imagem de um eu velho sentando em uma poltrona com um copo de whiskey, cigarro no canto da boca, escrevendo enquanto meu cachorro dorme aos meus pés esta pouco a pouco se transformado em meu cadáver sendo encontrado no chão da cozinha após vários dias, já fétido e em decomposição.
Sim a imagem é chocante e nojenta, mas é a verdade, verdade essa que esta cada dia mais perto de acontecer. Por mais que eu saiba que não vou conseguir fugir disso, de ser um velho escritor, solitário, triste e cheio de arrependimentos não consigo aceitar a ideia. Viver sozinho, morrer sozinho, para alguém que já sonhou em ter mulher, filhos, netos é uma coisa triste. Imaginar-me assim, isso me da mais um fantasma pra me atormentar, mais uma cosia pra minha cabeça me fazer pensar, maldita mente barulhenta.
Bom depois de escrever tudo isso e quero dar um conselho. Não seja um solitário, tenta achar alguém, procure, corra atrás.
A solidão é uma vadia ingrata.


sábado, 2 de março de 2013

Primeiros passos



Às vezes me pergunto por que existem certos tipos de peço, porque Deus ou a evolução permitiu isso. Existem certos tipos de pessoas que não se encaixam, não fazem parte, simplesmente não conseguem ser pessoas ao invés disso são algo diferente, algo que não consegue se unir a massa da humanidade. Pessoas que não são pessoas, mentes perturbadas, almas inquietas, vidas que não tem vida. Pessoas excluídas pela maioria, odiadas por não serem como as outras, por não aceitarem oque as outras aceitam, por não pensarem como o resto.
Eu faço parte desse grupo de indivíduos não humanos, sempre fiz e sempre vou fazer. Recuso-me a ir contra quem sou á aceitar meu destino como um boi no abatedouro. Vejo muito como eu espalhados por ai como destroços de algo que deu errado, somos os cacos da humanidade que deveria ter existido, mas vou derrubada de seu voo livre pelos canhões da  decadência. Pensadores sem proposito, poetas jogando suas paginas cheias de versos no abismo sem fundo. Alguns de nós deveriam ser lideres, guiar o mundo em direção a um futuro brilhante.
Desperdiçamos nossas vidas, vivemos em nossas casinhas confortáveis, vidas confortáveis, fomos criados para temer o mundo, pois não fazemos parte dele e se fazemos parte dele ele não nos quer, seremos regurgitados, expelidos como um copo estranho no grande organismo decadente e pútrido em que vivemos. Desperdício, devíamos parar com isso, devíamos perder esse medo irracional e ir em frente. Lutar não é difícil, caminhar é muito fácil o problema é o primeiro passo.
Inícios são difíceis, complicados, cheios de medos e inseguranças que muitas vezes nos impedem de viver nossas vidas como deveríamos. Apesar da dificuldade, de tudo que nos prende a nossa zona de conforto deveríamos levantar e ir, da o primeiro passo, lutar, ir , fazer, viver.
Minhas palavras soarão confusas ara pessoas normais mas, se você é um de nós, você entendeu.