sábado, 16 de março de 2013

Estou bem



Estou bem, estar bem, sentir-se bem.
Você esta bem?
Como você esta?
Quantas vezes ouvimos isso?
Quantas vezes a pergunta é sincera?
Quantas pessoas realmente querem saber a verdade?
Estou bem, to de boa, tudo, to bem.
Alguma vez já respondeu isso de maneira sincera?
Alguma vez sua resposta para essas perguntas foi sincera?
Alguma vez já disseste realmente como se sentia?
E você, já perguntou isso para alguém de forma sincera?
Alguma vez você já quis mesmo saber como a outra pessoa estava?
No fim, minguem liga pra verdade.
Algumas pessoas ligam, mas são poucas.


quinta-feira, 14 de março de 2013

Idade e solidão não combinam


Eu vivo pensando, penso de mais, mais do que devia.
Eu sou um cara estranho, isso já da pra ver pelas minhas postagens, meu ponto de vista e as merdas que saem da minha cabeça. Caras estranhos como eu sofrem de certos males que apesar de afligir pessoas normais são piores em pessoas como eu.
O mal que mais me atormenta é a solidão, um dos mais antigos males da humanidade e o segundo pior em minha opinião, só perde pra ignorância.
Sempre fui um cara sozinho, desde os meus 9/10 anos que sou assim no meu canto, poucos amigos às vezes nenhum (varia de temporada pra temporada, amigos vão e vem) e venho nesse rito a cerca de 16 anos. No começo não era um problema, pois gostava da solidão, achava acolhedora, acreditava que era a melhor coisa para minha vida, afinal ficar sozinho significava ficar em paz.
Mas de um tempo pra cá minha velha amiga tem se mostrado uma companheira não muito agradável. Notei que estou envelhecendo, os anos passaram , estão passando, notei uma entrada no meu cabelo que vem crescendo, uma dor nas costas que se faz freqüente e mais uma lista de cosias que indicam que estou ficando velho. Estou envelhecendo mal, e o pior de tudo, envelhecendo sozinho. Envelhecer sozinho assusta, a ideia de acabar um velho solitário não parece mais tão poética como antes, a imagem de um eu velho sentando em uma poltrona com um copo de whiskey, cigarro no canto da boca, escrevendo enquanto meu cachorro dorme aos meus pés esta pouco a pouco se transformado em meu cadáver sendo encontrado no chão da cozinha após vários dias, já fétido e em decomposição.
Sim a imagem é chocante e nojenta, mas é a verdade, verdade essa que esta cada dia mais perto de acontecer. Por mais que eu saiba que não vou conseguir fugir disso, de ser um velho escritor, solitário, triste e cheio de arrependimentos não consigo aceitar a ideia. Viver sozinho, morrer sozinho, para alguém que já sonhou em ter mulher, filhos, netos é uma coisa triste. Imaginar-me assim, isso me da mais um fantasma pra me atormentar, mais uma cosia pra minha cabeça me fazer pensar, maldita mente barulhenta.
Bom depois de escrever tudo isso e quero dar um conselho. Não seja um solitário, tenta achar alguém, procure, corra atrás.
A solidão é uma vadia ingrata.