sábado, 23 de março de 2013

Todos são assombrados por fantasmas e demônios



Todas as pessoas tem aquela coisa que as persegue, um sentimento disparado por algo que veem, ouvem ou leem. Você esta andando na rua e vê uma cena algo simples, mas que dispara algo em seu cérebro e te faz lembrar-se de algo que te assombra. Você ouve uma musica e imediatamente uma lembrança te puxa pelo tornozelo, te arras para um poço escuro que isola sua mente do mundo ao seu redor e você só consegue pensar naquilo. O vislumbre de uma frase familiar nos transporta para um mundo distante, um universo regido por sentimentos obscuros, frios e muitas vezes dolorosos.
Seu fantasma pode ser um amor perdido, uma falha, uma derrota, algo que você odeia em si mesmo, ou trauma e mais uma infinidade de coisas. Mas o importante é ele te assombra, assombrou e provavelmente vai te assombrar por anos. Esse demônio pessoal que nos atormenta se manifesta de diversas formas, pode ser uma sensação de vazio, um frio percorrendo a espinha, uma sensação desagradável, uma sequencia de flashes de memoria, uma vozinha dentro de sua cabeça.
Eu tenho meus fantasmas, meus demônios, todos têm, mas os meus são um pouco diferentes da maioria. Não pense que com isso digo que são únicos e incomparáveis, não são algo especial e místico são apenas mais barulhentos e inconvenientes. São incômodos e inconvenientes aparecendo nas piores horas possível e sempre destruindo algo bom. Eles sussurram em meus ouvidos coisas desagradáveis, verdades mais amargas do que deveriam ser e pousam sobre meus ombros mãos pesadas que aos poucos envolvem minha garganta.
Todo tem isso e todos que vierem depois terão isso afinal é algo da natureza humana. Há algo em nosso DNA que nos impele a sentir medo, desespero, dor e tantas outras coisas. Nossa essência é atormentada e nossas mentes criam legiões de demônios. Nós criamos nosso inferno e vivemos nele, caminhamos por suas colinas todos os dias de olhos fechados, temos medo de enfrentar nossos tormentos, caminhamos abrindo os olhos aqui e ali, mas logo os fechamos por medo do que podemos ver.
Apesar de algumas pessoas serem atormentadas por seus demônios pela via toda, eles não são imortais. Fantasmas podem ser expulsos e demônios exorcizados. Não digo de uma maneira religiosa, se bem que religião pode ajudar em alguns casos. O método é simples, os passos são poucos e fáceis de seguir. Você deve simplesmente conhece-los, enfrenta-los e pronto.
Conhecer nossos demônios não é tão simples como parece, conhecer significa aprofundar-se e isso é algo complicado. Da próxima vez que um de seus demônios resolverem atormenta-lo ou seus fantasmas assombra-lo pare e pense, pergunte a si mesmo qual foi o gatilho, oque desencadeou o sentimento, pensamento, lembrança ou aquela maldita vozinha na sua cabeça.
Uma vez descoberta a fonte, você deve fazer algo que é fácil, mas desagradável. Enfrente isso, encare oque quer que seja não de as importa o quão desagradável seja a experiência. Você já revirou sua cabeça e encontrou o problema agora enfrente-o, pense em como você pode fazer para resolve-lo . Não importa se a solução for enfrentar algum trauma do passado, medo ou falha que você tenha. Vá e enfrente seu problema.



sexta-feira, 22 de março de 2013

Pseudônimo



Nunca gostei do meu nome, não que ele seja feio (é um nome britânico comum), mas eu enjoei dele. Lembro-me de quando criei meu pseudônimo, devido a uma serie de acontecimentos ele surgiu assim do nada e desde então se tornou meu nome, não um apelido, mas realmente meu nome. Todos me chamam por ele ou quase todos. As pessoas mais chegadas como minha irmãzinha e alguns amigos mais próximas ainda me chamam pelo meu nome.
O problema de se tornar seu pseudônimo é que não se pode mais usa-lo para escrever de forma anônima. Ainda lembro-me de como sofri quando criei esse blog, precisava escrever, mas não queria que as pessoas soubessem que eu sou eu. Queria evitar que julgassem o texto pelo autor ao invés de julgar o autor pelo texto.
Debati-me por dias até aparecer com outro pseudônimo, pensei em vários mas nenhum me agradava, nenhum se encaixava em minha personalidade. Depois de muito pensar lembre me deparei com esse. Eu pensei “já que sou o filho mau, esse vai cair como uma luva” e caiu.
Agora alguém deve estar pensando “ele deve ser um covarde, fica se escondendo atrás de nomes falsos” ou “porque não mostra a cara, esta com medo de que?”. Bom, não tenho medo de represálias ou de ofensa, tenho medo de que ao saber quem sou ao ver minha foto às pessoas julguem meus textos de forma errada.
Se alguém não tem rosto às pessoas leem seus textos para saber como ele é, mas, se vem uma foto, já criam um conceito de como a pessoa é e então julgam sues testos baseando-se nesse conceito. Prefiro me manter incógnito para evitar isso, quero que me julguem pelo que escrevo e não o contrario. 





quinta-feira, 21 de março de 2013

Uma vontade, um abraço



Ira, palavra simples de significado igualmente simples, mas capaz de complicar tudo na vide de uma pessoa.
Eu costumava sentir isso, ira, muita ira, eu odiava o mundo e todos que vivem nele, queria que todos morressem e que sofressem. Eu queria ficar sozinho em um mundo vazio, achava que as pessoas eram o problema, que se não podia matar a todos pelo menos podia me destruir e com esse pensamento iniciei minha jornada de autodestruição.
Eu me machuquei e também ás pessoas ao meu redor, feri sentimentos, criei magoas, destruí quase tudo que eu amava. Enquanto destruía tudo eu vi que isso só piorava, só aumentava o vazio e a dor. Notei que isso não estava funcionando, que a violência, e as outras vias de escape não adiantavam. A cada dia eu me odiava mais e mais, como se quem eu era não fosse mais humano.
Ai veio à perda. Perdi alguém que eu amava a única pessoa que amava de verdade. Com isso eu aumentei meu ódio, minha ira cresceu a um ponto que não era mais controlável. Ira misturada a tristeza gerou uma fúria incrível. Algo tão grande, tão poderoso que decidi acabar com tudo. Eu sabia como essa fúria era perigosa, como ela poderia afetar todos a minha volta. Então resolvi jogar fora todas as minhas desculpas e encarar, admitir qual era meu problema, mas, eu era sozinho sem apoio ou forças pra continuar.
A vida dói quando se está sozinho. E eu não era forte, ou melhor, não me achava forte o bastante pra superar isso. Eu resolvi que era hora de acabar mesmo com tudo, escolhi a data (meu aniversario), preparei tudo e esperei. Esperei com a ideia fixa na cabeça, esperei certo de que iria mesmo acabar com tudo, afinal, não tinha motivos pra continuar vivo.
Mas um dia, eu vi uma garota em um comentário de uma postagem no facebook. Essa garota era uma amiga de uma amiga e resolvi pedir amizade. Ainda não entendo o porquê de eu fazer isso já que não sou de fazer novos amigos. Em um domingo no fim da manhã eu a vi online, e desafiando toda minha misantropia eu cliquei em sua foto e disse- Oi moça- logo após enviar isso eu já estava me perguntando o porquê, afinal sempre fui antissocial, tímido e recluso. Eu me lembro de ter fechado a janela do chat pensando na sorte que eu tinha de não ter sido respondido. Então veio a resposta, um oi.
As palavras que se seguiram foras as normais de toda conversa, os “tudo bem?” e “que tipo de musica você curte?” que todas as conversar com estranho obrigatoriamente tem. Conversando com ela eu já esperava a hora em que ficaria sem assunto e seria ignorado, mas essa hora nunca chegou. Conversamos por horas e horas nesse domingo e na segunda-feira e com o passar dos dias nossas conversas se tornaram um abito.
Eu conversava com ela e sorria, sempre começava a conversa com um oi- moça, tudo bem?- e ela respondia- oi moço, tô bem sim, e você?- e por mais que isso seja algo simples, me fazia bem. Nossos “como você esta?” ou “tudo bem?” eram sinceros, verdadeiros, não como os das outras pessoas que não se importam com a resposta desde que seja curta e vazia. O tempo passava e nos conversávamos, a data que eu havia escolhido se aproximava e isso me deixava triste. Pensar dentro em pouco não poderia mais conversar com ela. Ela me fazia tão bem, me fazia sorrir de verdade eu não queria perder isso.
Então eu a vi pela primeira vez, tímida, ao ligar a câmera manteve o quadro abaixo do nariz de forma que eu só via seu sorriso. Ah o sorriso, nunca avia visto algo tão brilhante, tão lindo, tão magico. Um sorriso capaz de me fazer esquecer tudo, um sorriso que iluminava meu dia e me fazia sorrir por dentro e por fora. A mediada que o tempo foi passando eu fui perdendo a vontade de acabar com tudo, o desejo de ver aquele sorriso era mais forte. Então eu vi seus olhos, foi rápido, um olhar tímido, mas doce e gentil como eu nunca havia visto na vida.
Então eu encontrei um motivo, uma razão pra continuar vivo. Um abraço, essa foi à razão, eu queria abraça-la, estar junto dela e vela sorrir. Meu coração, antes uma pedra gelada m agora batia forte e vivo. Eu a via e pensava, eu a amo, amo mais do que tudo, amo com tudo meu coração.
Agora muitos estão dizendo- ah, mais uma historia de amor a lá Hollywood- bom, estão enganados. O amor que eu sentia era diferente, pode soar estranho, inverossímil ou até idiota (depende de quem lê), mas eu a amava de uma forma diferente. Por mais que quisesse abraça-la o amor que sentia não era físico não era algo que despertasse desejos ou que acabasse em sexo. Era um amor puro, de um jeito que eu em entendia.
O dia de meu aniversario veio e se foi e nesse meio tempo descobri que ela também me ama. Agora, meses depois de tudo isso eu ainda a amo e sou amado, e sigo vivo, mas não só vivo, sigo em frente. Retomei minha vida, sinto vontade de viver, faço planos, tenho sonhos e ainda quero abraça-la. Dentro de alguns meses poderei viajar para vela, vou finalmente abraça-la.
E porque contei essa historia? Simples, é uma historia que vale a pena se contada, e uma prova de que a sempre uma esperança (sei que isso soa muito clichê), eu encontrei um anjo que salvou minha vida e vocês também podem encontrar o seu, mas para isso precisam procura. Se você é antissocial, tímido ou um misantropo enfrente isso, saia (não precisa cair na balada), converse com as pessoas, sei que muitas são chatas e vazias, mas, uma hora você acaba encontrando alguém que valha apena.
Essa é minha historia, esses são meus conselhos. Segui-los é escolha sua e espero que sua escolha seja a certa.


segunda-feira, 18 de março de 2013

Saudades da ultima vez que me apaixonei



Sinto saudades da ultima vez que me apaixonei mesmo
De uma forma louca
Visceral, intensa

Sinto saudades dos velhos dias
Esperar horas pra a ver passar
Aguardar ansioso por cada palavra
Cada olhar

Mas eu sou um velho saudosista
Um romântico em uma terra fria
Como um viajante do tempo
Pertenço mais ao passado

Lançado em meio a mundo que não sabe mais amar
Escrevo perdido em meio a pensamentos
Lembranças vividas de um passado turvo
Reflexos do sol nas águas do rio da vida